Esses sentimentos fizeram parte da minha adolescência, pois eu não conseguia me encaixar nos padrões dos meus colegas e os livros de poesia eram meu refúgio.
Gostava de ler e foi a leitura que fez com que eu me destacasse desde muito jovem pelos meus textos e reflexões.
Refletir tornou-se mais que um hábito, um modo de resistir às dúvidas da idade, às inconstâncias, aos amores platônicos, às decepções e sobretudo, ao bullying por ser lerda, desatenta e "mosca".
O que meus amigos não sabiam é que durante as aulas de química, matemática e física quando eu nada entendia não era por lerdeza ou por burrice, mas por estar preocupada com coisas que considerava/considero mais importantes como, por exemplo, a origem da vida.
Pensar, pensar, pensar...
Sempre pensando e "moscando" nas aulas.
Virei motivo de chacota e doeu, mas hoje não dói mais pois tenho muito orgulho dessa minha característica tão importante: a introspecção.
Se um dia eu sofri por pensar demais e me distanciar do mundo real, hoje eu já consigo estabelecer uma ponte entre o pensar, o escrever e o agir.
Não há mais motivos para se envergonhar e esconder as ideias em um caderno velho.
Muitos irão concordar com o que escreverei e muito outros irão detestar, mas acontece que para mim escrever é preciso.
12 anos depois de Florbela Espanca entrar em minha vida, inauguro esse blog cheio de ideias novinhas em folha com um certo toque de maturidade, mas não muita, pois ainda estou e acho que sempre estarei em processo de construção.
Espero que gostem desse espaço!
Abraços,
Natália
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